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Curso de Filosofia                                                                           Prof. George Artur

O mito de Deméter e Perséfone

           Deméter pertence à segunda geração de deuses gregos, os deuses olímpicos. Ela era filha de Crono (um Titã, filho de Urano e Gaia) e Réia (uma Titanesa, filha de Uranmo e Gaia). Ela representa a divindade da terra cultivada e, por extensão, é a deusa da fecundidade. Ela ensinou os homens a arte de semear o trigo e de fazer o pão.
          
           Deméter foi possuída por Zeus (o deus mais importante da mitologia grega, filho do Titã Crono e da Titanesa Réia) e teve uma filha chamada Perséfone, uma moça extremamente bonita e que foi cobiçada pelo deus Hades (deus do mundo subterrâneo, o Tártaro ou inferno).

O rapto de Perséfone:

           Num certo dia, Perséfone foi raptada por Hades, deus do mundo subterrâneo. No momento do desaparecimento, a menina deu um grito tão alto que Deméter, mesmo estando muito longe a ouviu. Desde aquele momento Deméter passou a procurar pela filha desesperadamente. Durante nove dias e nove noites percorreu todo o mundo, sem comer, sem beber, sem se banhar, sem se enfeitar, com uma tocha acesa em cada mão.

           O Sol lhe contou quem tinha sido o raptor da filha. Deméter, então, resolveu não voltar mais para o céu (o Olimpo, a morada dos deuses). Tomou o aspecto de uma velha mulher e foi para Elêusis (uma cidade grega), onde criou, como sendo seu, o pequeno Triptólemo, filho de um rei. Foi a este menino que ela deu a missão de expandir a cultura do trigo pelo mundo.

           O exílio voluntário de Deméter, contudo, causou a fome na terra, pois sem seu trabalho a terra havia ficado estéril. A situação ficou tão grave que Zeus decidiu interferir e ordenou a Hades que devolvesse Perséfone a mãe. Mas isso já não era mais possível, pois a menina, além de se apaixonar por Hades, havia comido três grãos de romã, o que simbolizava sua ligação com o mundo subterrâneo. Zeus conseguiu, então, uma negociação, onde Hades garantia a promessa de que a cada primavera Perséfone voltaria à luz para ver a mãe, retornando ao mundo subterrâneo na época da semeadura.

           Perséfone recebeu a benção da mãe e casou-se com Hades, tornando-se a deusa do mundo subterrâneo.
          

O mito como alegoria:

           O mito de Deméter e Perséfone ilustra bem como a mitologia explicava os fenômenos naturais por meio de uma alegoria (um pensamento sob forma figurada). Nesse sentido, Perséfone pode ser interpretada como simbolizando um grão semeado, colocado embaixo da terra (mundo subterrâneo) para se desenvolver e surgir (vir à luz), na primavera, sob a forma de uma planta, pronta para gerar frutos e alimentar os homens. Esta é uma das formas possíveis de interpretação de um mito, que podemos chamar de modo de interpretação naturalista.
         

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