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Lúcio Cardoso



Joaquim Lúcio Cardoso Filho (Curvelo, 14 de agosto de 1912 — Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1968) foi um escritor, dramaturgo, jornalista e poeta brasileiro.
Cardoso pertencia a uma família tradicional de Minas Gerais, a qual gerou vários políticos, entre os quais o irmão Adauto Lúcio Cardoso, que foi senador da República pela União Democrática Nacional, partido de centro-direita e conservador, e mais tarde ministro do Supremo Tribunal Federal. Sua irmã, Maria Helena Cardoso, veio, após a morte do irmão, a lançar-se como escritora publicando um livro de memórias da família, Por onde andou meu coração.
Junto com seu amigo pessoal, o romancista Otávio de Faria, o também romancista Cornélio Pena e o poeta Vinicius de Moraes, Lúcio Cardoso foi um dos expoentes de toda uma vertente da literatura brasileira da década de 30, que - apoiando-se na ofensiva então realizada pelo Catolicismo da época, que buscava recuperar a influência intelectual e política que havia perdido diante do positivismo e do liberalismo laico da República Velha - buscava apoio numa inspiração abertamente religiosa, de cunho místico e politicamente conservador, em oposição à literatura de inspiração sociológica e vagamente esquerdista do regionalismo contemporâneo. Esta corrente literária católica, mais tarde, integrar-se-ia numa vertente mais geral da literatura brasileira caracterizada pelo subjetivismo, que daria a literatura de, entre outros, Clarice Lispector - a qual manteria, aliás uma ligação amorosa platônica com Lúcio Cardoso nos anos 60.
Cardoso era mais ou menos abertamente homossexual, o que se traduziu na sua obra como mais uma instância particular do tema geral da redenção possível de uma humanidade ontologicamente pecaminosa, que ele compartilhou com todos os seus colegas de movimento.
Com Paulo César Saraceni realizou o primeiro longa-metragem do cinema novo, Porto das Caixas, do qual foi o roteirista.
Em 1962 teve um derrame cerebral e deixou de escrever, passando a se dedicar à pintura e chegando a realizar duas exposições.
Morreu aos 56 anos. Seu talento foi reconhecido postumamente pela Academia Mineira de Letras, que lhe conferiu, em 1996, o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.

Livros na Biblioteca:
  1. Crônica da Casa Assassinada

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