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Sarau Literário

EVENTOS DE LEITURA 2011

SARAU DA PROFESSORA LEIVA
 

No dia 19/05/2011 os alunos da 2ª série D (ensino médio) realizaram um Sarau.
Foram declamados poemas de vários autores, dentre eles: Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Camões, Mário Quintana e produções dos próprios alunos.

      O Objetivo do Sarau foi permitir que os alunos participassem de uma atividade que os fizessem falar dos sentimentos, das emoções, da sensibilidade e das paixões perdidas... Procurando estimulá-los para as aulas de literatura.

      Resgatar esses momentos numa época tão cheia de “modismos imediatos” foi muito gratificante.

                                                          Professora Leiva.

SARAU: É um momento de encontro das artes. Nesse encontro acontecem as leituras de textos literários, declamações de poemas, apresentações musicais, serestas, cantos, teatro, concertos musicais.
               Como decorações são apreciados quadros, desenhos e esculturas.
               As bebidas e os alimentos também fazem parte deste evento.

Alguns dos poemas apresentados pelos alunos:

  1. NO MEIO DO CAMINHO - Carlos DRUMMOND de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse  acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do
Caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra


  1. ANDORINHA - Manuel BANDEIRA

Andorinha lá fora está dizendo
-                     “Passei o dia à toa, à toa!”
-                     Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!
-                     Passei a vida à toa, à toa...


  1. SONETO DE FIDELIDADE -VINÍCIUS de Moraes

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama


Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure. 

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